quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Novo disco de Beyoncé - "B'Day"

OPINIÃO
Publicado na edição de Outubro da revista Dif.

Lá vem ela, sabendo que é bela. Tem 25 anos, feitos em Setembro último, uma firme carreira musical gerida pelo pai, que é também um dos produtores deste disco, e uma insípida carreira como actriz, que pode dar frutos quando em Dezembro se estrear o filme Dreamgirls.
É isto Beyoncé. Não mais do que isto: artista bela e jovem. O que, não sendo pouco, basta, como sempre, para fazer dela rainha. Da noite, da música, da televisão, das revistas, do que se queira. Ela bem tem trabalhado para isso. Não será inútil recordar que veio ao mundo do espectáculo de massas há quase 10 anos, trajada de Destiny’s Child.
Este segundo registo de estúdio (o primeiro, “Dangerously in Love”, tem três anos) serve para ela promover o filme, promover uma marca de roupa e irritar, como tem feito nos últimos meses, os defensores dos direitos dos animais (aparece na contracapa do disco segurando dois crocodilos por uma trela). E serve para provar que a voz dela tem que se lhe diga. “Listen”, canção dedicada às mulheres, parte da banda sonora de Dreamgirls, está escondida algures na última faixa. Mas não devia, porque é do melhor que “B’Day” tem. É o momento em que Beyoncé se livra da superprodução de estúdio e do irritante [som digital do] r’n’b/hip-hop assinado, em parte, por Pharrel Williams (dos NERD). É em “Listen” que ela mais lembra a agora desgraçada Whitney Houston. E isso é bom. Como bom, também, é o terceiro ‘single’, que por esta altura já passa na rádio: “Resentment”, há uns anos gravado por Victoria Beckham para um DVD sobre a vida dela e do marido.
As letras e música foram quase todas escritas por Beyoncé em parceria com uma longa lista de gente.

BH