Fernando Alves, na TSF, hoje:
Manuel Pinho passará à história como o mais inábil explicador de uma política que já tem nós górdios intrínsecos que cheguem. Onde ele toca, falando, estraga o esforço de colegas de Governo como Teixeira dos Santos, quando nos explica por que é que a contenção salarial tem ainda de ser, agora, a regra, ou de Vieira da Silva, quando insinua alamedas de esperança adiante das agruras.
Ao invés de tentar rectificar o tiro, Pinho refez a mira, acusando de má-fé partidos e sindicatos. A estes chama, aliás, com todas as letras, "uma força de atraso".
Na sua explicação de Portugal como uma espécie de loja dos trezentos sem perguntas e sem vozes críticas, Pinho evoca o que, no seu entender, deve ser evidente para qualquer pessoa "minimamente inteligente".
E que fazemos ao desiderato tão enunciado da convergência com a União Europeia? Pinho não tem a maçada de se ocupar disso, preferindo dar aos que se indignam com a insensibilidade social do seu discurso o rótulo de labregos ou indigentes mentais. Ora, ao fazer seu o juízo aristotélico segundo o qual a inteligência é a insolência educada, o ministro parece optar por reter apenas a insolência.
Manuel Pinho passará à história como o mais inábil explicador de uma política que já tem nós górdios intrínsecos que cheguem. Onde ele toca, falando, estraga o esforço de colegas de Governo como Teixeira dos Santos, quando nos explica por que é que a contenção salarial tem ainda de ser, agora, a regra, ou de Vieira da Silva, quando insinua alamedas de esperança adiante das agruras.
Ao invés de tentar rectificar o tiro, Pinho refez a mira, acusando de má-fé partidos e sindicatos. A estes chama, aliás, com todas as letras, "uma força de atraso".
Na sua explicação de Portugal como uma espécie de loja dos trezentos sem perguntas e sem vozes críticas, Pinho evoca o que, no seu entender, deve ser evidente para qualquer pessoa "minimamente inteligente".
E que fazemos ao desiderato tão enunciado da convergência com a União Europeia? Pinho não tem a maçada de se ocupar disso, preferindo dar aos que se indignam com a insensibilidade social do seu discurso o rótulo de labregos ou indigentes mentais. Ora, ao fazer seu o juízo aristotélico segundo o qual a inteligência é a insolência educada, o ministro parece optar por reter apenas a insolência.