A notícia de um disco de inéditos de Amália Rodrigues, a editar até ao fim do ano pelas editoras Som Livre e Valentim de Carvalho, segundo avançou a Lusa, é boa e má. Finalmente, vamos ter acesso a mais uma parte do espólio que a Valentim, editora de (quase) sempre de Amália, tem vindo a sonegar. Não se justifica, sobretudo desde que a fadista morreu, que uma editora de discos faça a gestão desses inéditos à sua vontade e, as mais das vezes, ao sabor dos seus interesses comerciais. Não pega, aliás, a versão, apresentada à Lusa por um responsável da Som Livre, de que "há muitas coisas [de Amália] desconhecidas e que estão agora a ser encontradas", pois a Valentim sabe, há muito, tudo o que dela tem e não tem em seu poder (ver "Amália, Uma Biografia", de Pavão dos Santos).
Agora que a EMI se quis separar da Valentim (e a Valentim se uniu à Som Livre, para formar a Anjo da Guarda) um disco de Amália vem mesmo a calhar, o que é condenável. O bom, apesar de tudo, é que ela vai voltar.
Agora que a EMI se quis separar da Valentim (e a Valentim se uniu à Som Livre, para formar a Anjo da Guarda) um disco de Amália vem mesmo a calhar, o que é condenável. O bom, apesar de tudo, é que ela vai voltar.