"A secretária de Estado norte-americana, que hoje se reúne com o ministro dos Negócios Estrangeiros Luís Amado, em Lisboa, onde participará nas cimeiras da NATO e da UE-EUA, tem aparecido em público com o cabelo comprido - em rigor, com o cabelo mais comprido do que era habitual nos últimos anos. E o que à partida seria apenas uma opção estética transformou-se de repente num debate ético.
Se o cabelo é um sinal exterior de erotismo, e quanto mais longo mais simbólico, não será que a norma do cabelo curto para as mulheres de 50 ou 60 anos é uma forma de as obrigar a suprimir a sua sexualidade? Mais prosaico ainda: por que razão haveremos de discutir o cabelo de uma responsável política, se se trata acima de tudo de uma escolha íntima?"
Se o cabelo é um sinal exterior de erotismo, e quanto mais longo mais simbólico, não será que a norma do cabelo curto para as mulheres de 50 ou 60 anos é uma forma de as obrigar a suprimir a sua sexualidade? Mais prosaico ainda: por que razão haveremos de discutir o cabelo de uma responsável política, se se trata acima de tudo de uma escolha íntima?"