"Crise é o estado permanente em que sempre vivemos, desde a modernidade. Nas primeiras décadas do século XX, não houve palavra tão declinada, e o tom foi de pessimismo cultural. (...) Crise é o que a cultura ocidental arrasta consigo, a partir do momento em que se deu conta de que 'a nossa hora é a época do declínio'. A crise é consubstancial a uma cultura crítica (veja-se a etimologia comum das duas palavras), como mostrou um famoso historiador alemão - Koselleck - ao estudar a 'patogénese do mundo burguês'."
[António Guerreiro, Expresso, hoje]