Na Time Out Lisboa de 22 de Dezembro; excerto:
É costume dizer-se que o rei D. Sebastião era “maricas”. Provavelmente por não ter casado ou deixado descendência. Ora, se “maricas” é usado como sinónimo de homossexual, então a História de Portugal tem sido contada pela metade. Há mais três distintos membros nessa galeria. D. Pedro I (1320-1367), o que se apaixonou por Inês de Castro. “Terá tido, durante a sua juventude, um relacionamento com o escudeiro Afonso Madeira, ao qual, diz-se, amava mais do que se devia dizer”. D. João VI (1767-1826), homem só e depressivo, que terá mantido relações íntimas com o camareiro Francisco Lobato. “Uma das funções de Lobato era masturbar o rei com certa regularidade”. Finalmente, a rainha D. Amélia (1865-1951), que teve relações lésbicas com Josefa de Sandoval, condessa de Figueiró. Isto, claro, sem contar com D. Sebastião (1554-1578), que fugia das mulheres: “Desviava os olhos quando com elas se cruzava e, se alguma dama o servia, de tudo fazia para não lhe tocar”.