"Desenhei este senhor e quando saí da carruagem, ele saiu também. Quando estávamos já quase a sair da estação, ele meteu conversa comigo, muito simpático, muito amável, muito delicado, o que até contrastava um bocadinho, porque ele estava todo vestido de preto, de cabedal ou napa, com um lenço vermelho com cornucópias brancas. Perguntou-me se eu não queria ir a casa dele. Eu fiquei um bocado encavacado. E ele disse: 'Não, não, para me desenhar, para me desenhar'. E eu disse: 'Mas eu já te desenhei.' 'Não, para me desenhar, mas sem roupa!' 'Desculpe, eu só desenho pessoas com roupa no metro ou sem roupa se estiverem no metro.'"