Não é a WikiLeaks que vai matar o jornalismo. Nem o iPad. Nem as redes sociais na Internet. Nem as agências de comunicação. Nem os bloqueios das "assessorias".
O que deixa o jornalismo ferido de morte são os jornalistas que nas suas publicações consentem a presença de toda a sorte de curiosos e interesseiros, arrivistas e amiguistas, que exercem as funções de jornalista à margem de todas as leis e códigos éticos. Uma gente que infesta os jornais com a sua própria agenda, que não sabe o que sejam conflitos de interesses, que hoje ganha dinheiro com o negócio "x" e amanhã assina notícias benévolas sobre esse negócio. Mão-de-obra barata, solícita e criminosa.
A morte do artista está nisto e em mais coisa nenhuma.