sábado, 17 de março de 2012

Querença

Chegou-me esta semana a edição de Março do Le Monde Diplomatique português. Novo grafismo. Passou a ser impresso em papel-jornal. Abandonou o anterior papel branco com muita gramagem. Mais prático, não muito criativo.

Na última página, um artigo do escritor Mário de Carvalho, intitulado «A semântica das atitudes». Excerto:
«Os interesses reinantes têm beneficiado do colapso dos instrumentos críticos. Da miniaturização da linguagem. Da ablação da memória. Da unicidade de critérios. Da tirania das escolhas. Do condicionamento das atitudes. Do emparedamento do gosto. [...] As opiniões correntes nos jornais são cada vez mais as opiniões dos proprietários e administradores dos jornais. Instruções dadas por telefone? Encontros misteriosos? Nem tanto. Antes o instinto de captação do comprimento de onda. Afinação dos registos. Querença.»