- está ressentido com as críticas ao Herman SIC. Não aceita que, à luz do que fez no passado, não lhe desculpem a decadência. Mas admite-a:
“Considero-me um bom bife do lombo e não um hambúrguer. Bem cozinhado, tem categoria. Quando é transformado em hambúrguer, fica igual aos outros”. “O Herman SIC às vezes é hambúrguer. Agora, é injusto que, por isso acontecer, haja o esquecimento de que a carne é do lombo e que sou responsável por muitos bifes, servidos ao longo de 30 anos”. “Raras vezes se consegue juntar qualidade e audiências”. “Tenho medo de não ter a percepção a tempo do que está a acontecer”.
“Os últimos tempos desgastaram-me muito como marca e fui envolvido em demasiadas polémicas que não têm a ver com a coisa artística”. “Estou sempre atento aos sintomas. Por isso é que nunca deixo de fazer espectáculos ao vivo. Para mim foi um estímulo perceber que, mesmo quando fui alvo de críticas, as salas estavam sempre cheias”.
“O meu maior erro foi deixar-me aconchegado à monocultura do mesmo país. Não sinto o meu trajecto como perdido, mas seria mais feliz se não vivesse dependente de um micromercado. Agora estou a pagar o preço dessa preguiça”.