Vicente Jorge Silva, no "Sol" de 23 de Junho, sobre o "Diário de Notícias":
Fui expeditamente dispensado – através de e-mail e na véspera da publicação de um último artigo – de escrever num jornal onde colaborava há alguns anos. Isso aconteceu depois de ter assinado dois textos ‘heterodoxos’ sobre o actual primeiro-ministro e, nomeadamente, acerca da sua licenciatura polémica na Universidade Independente.
Por coincidência, o novo director desse jornal – que antes se distinguira, noutro órgão de informação que dirigia, por posições hostis ao PS e uma campanha difamatória contra Ferro Rodrigues – assumiu logo o estatuto de defensor oficioso de José Sócrates na controvérsia sobre o currículo académico do chefe do Governo. Também por coincidência, a linha editorial do dito jornal passou desde então a reflectir um zelo propagandístico dos actos governamentais em estilo marcadamente ‘pravdiano’ (ou, se quiserem, ‘pavloviano’). E igualmente, decerto, por coincidência, o grupo empresarial de que esse jornal faz parte aparece como forte concorrente na disputa pelas novas concessões que o Governo atribuirá para expansão do espaço televisivo.
Fui expeditamente dispensado – através de e-mail e na véspera da publicação de um último artigo – de escrever num jornal onde colaborava há alguns anos. Isso aconteceu depois de ter assinado dois textos ‘heterodoxos’ sobre o actual primeiro-ministro e, nomeadamente, acerca da sua licenciatura polémica na Universidade Independente.
Por coincidência, o novo director desse jornal – que antes se distinguira, noutro órgão de informação que dirigia, por posições hostis ao PS e uma campanha difamatória contra Ferro Rodrigues – assumiu logo o estatuto de defensor oficioso de José Sócrates na controvérsia sobre o currículo académico do chefe do Governo. Também por coincidência, a linha editorial do dito jornal passou desde então a reflectir um zelo propagandístico dos actos governamentais em estilo marcadamente ‘pravdiano’ (ou, se quiserem, ‘pavloviano’). E igualmente, decerto, por coincidência, o grupo empresarial de que esse jornal faz parte aparece como forte concorrente na disputa pelas novas concessões que o Governo atribuirá para expansão do espaço televisivo.