Mário Soares, em entrevista a António José Teixeira, no "Diário Económico", hoje:
"Há um mal-estar na sociedade portuguesa que não deve ser ignorado. Há que dar razões às pessoas para acreditarem no Governo. As pessoas não protestam só porque os sindicatos as empurram. Vêm para a rua porque sentem os seus postos de trabalho em causa ou porque a saúde, a educação, a justiça ou as reformas os preocupam. São problemas sérios. Chegou a hora de tranquilizar as pessoas quanto a eles."
"Quanto ao autoritarismo, houve episódios desagradáveis, que foram muito empolados, mas que devem ser evitados e corrigidos. É talvez necessário haver mais sentido de autocrítica e menos arrogância nas respostas."
"Não vejo sinais de uma cultura autoritária. Longe disso. Arrogância, sim, em certas áreas. Teóricos da Direita, esquecidos das lições do passado - e alérgicos aos partidos políticos - já se atrevem a aconselhar o Presidente da República a "preparar-se para novos governos de iniciativa presidencial". O que é isso? Esquecem-se que são os partidos que estruturam a democracia."
"Há um mal-estar na sociedade portuguesa que não deve ser ignorado. Há que dar razões às pessoas para acreditarem no Governo. As pessoas não protestam só porque os sindicatos as empurram. Vêm para a rua porque sentem os seus postos de trabalho em causa ou porque a saúde, a educação, a justiça ou as reformas os preocupam. São problemas sérios. Chegou a hora de tranquilizar as pessoas quanto a eles."
"Quanto ao autoritarismo, houve episódios desagradáveis, que foram muito empolados, mas que devem ser evitados e corrigidos. É talvez necessário haver mais sentido de autocrítica e menos arrogância nas respostas."
"Não vejo sinais de uma cultura autoritária. Longe disso. Arrogância, sim, em certas áreas. Teóricos da Direita, esquecidos das lições do passado - e alérgicos aos partidos políticos - já se atrevem a aconselhar o Presidente da República a "preparar-se para novos governos de iniciativa presidencial". O que é isso? Esquecem-se que são os partidos que estruturam a democracia."