No Público de 18/10:
Quatro das principais agências de modelos portuguesas recusaram-se a participar na edição do Portugal Fashion, que começa hoje em Vila Nova de Gaia. Queixam-se que a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), uma das responsáveis pelo evento, lhes deve milhares de euros desde a última edição, em Março.
Nos últimos dias, as partes tentaram, sem êxito, chegar a acordo. Até ao início da noite de ontem, o Portugal Fashion - organizado pela ANJE e pela Associação Têxtil Vestuário de Portugal (ATVP), em parceria com o Ministério da Economia - tinha apenas modelos das agências Best, DXL, Face e Elite. De fora ficaram L'Agence, Loft, Just e Central - as principais fornecedoras de modelos nas edições anteriores, confirmou o PÚBLICO.
Armindo Monteiro, presidente da ANJE, admite a existência da dívida. "Propusemos fazer o pagamento de certa forma, que não vou revelar, mas as agências não aceitaram".
Ao que o PUBLICO apurou, as agências pretendiam receber o dinheiro atrasado na totalidade antes do início deste Portugal Fashion, enquanto a ANJE sugeria pagar a três meses. Armindo Monteiro acusa as agências de "fazerem chantagem" e diz que o Portugal Fashion depende de subsídios da União Europeia que ainda não chegaram.
Miguel Blanc, director da L'Agence, não faz comentários. Diz que a situação "é muito complexa" e remete esclarecimentos para segunda-feira. Os responsáveis das outras agências estiveram incontactáveis.
A 21.ª edição do Portugal Fashion vai ser diferente do habitual: não decorre no Porto, não tem apoio assegurado do Estado e vai acontecer dentro de uma tenda gigante (a mesma que acolheu ainda recentemente a Pasarela Cibeles de Madrid, com quatro pisos de altura), mas, por outro lado, conquistou, graças ao acordo com a Câmara de Gaia, a garantia de que manterá a estabilidade organizativa nos próximos três anos.
"Com este acordo, conseguimos uma capacidade de planeamento completamente diferente", sublinhou Armindo Monteiro.
Paulo Nunes da Cunha, presidente da ATVP, sublinhou, por seu lado, o importante papel que o Portugal Fashion desempenha para o sector, fundamental para que, por exemplo, as exportações de têxteis portugueses tenham crescido 4,1 por cento nos primeiros seis meses do ano, apesar do contexto desfavorável que existe.
Até domingo, na praça em frente ao El Corte Inglés, desfilam as colecções de Filipe Oliveira Baptista, da dupla Storytaylors, de Fátima Lopes e Tenente Jeans, por exemplo. Katty Xiomara apresenta a sua colecção de lingerie e nove marcas portuguesas mostram num único desfile as suas propostas para a Primavera/Verão de 2008. Revela-se ainda o trabalho de alguns jovens criadores e colecções de sapatos. Bruno Horta e Jorge Marmelo
Quatro das principais agências de modelos portuguesas recusaram-se a participar na edição do Portugal Fashion, que começa hoje em Vila Nova de Gaia. Queixam-se que a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), uma das responsáveis pelo evento, lhes deve milhares de euros desde a última edição, em Março.
Nos últimos dias, as partes tentaram, sem êxito, chegar a acordo. Até ao início da noite de ontem, o Portugal Fashion - organizado pela ANJE e pela Associação Têxtil Vestuário de Portugal (ATVP), em parceria com o Ministério da Economia - tinha apenas modelos das agências Best, DXL, Face e Elite. De fora ficaram L'Agence, Loft, Just e Central - as principais fornecedoras de modelos nas edições anteriores, confirmou o PÚBLICO.
Armindo Monteiro, presidente da ANJE, admite a existência da dívida. "Propusemos fazer o pagamento de certa forma, que não vou revelar, mas as agências não aceitaram".
Ao que o PUBLICO apurou, as agências pretendiam receber o dinheiro atrasado na totalidade antes do início deste Portugal Fashion, enquanto a ANJE sugeria pagar a três meses. Armindo Monteiro acusa as agências de "fazerem chantagem" e diz que o Portugal Fashion depende de subsídios da União Europeia que ainda não chegaram.
Miguel Blanc, director da L'Agence, não faz comentários. Diz que a situação "é muito complexa" e remete esclarecimentos para segunda-feira. Os responsáveis das outras agências estiveram incontactáveis.
A 21.ª edição do Portugal Fashion vai ser diferente do habitual: não decorre no Porto, não tem apoio assegurado do Estado e vai acontecer dentro de uma tenda gigante (a mesma que acolheu ainda recentemente a Pasarela Cibeles de Madrid, com quatro pisos de altura), mas, por outro lado, conquistou, graças ao acordo com a Câmara de Gaia, a garantia de que manterá a estabilidade organizativa nos próximos três anos.
"Com este acordo, conseguimos uma capacidade de planeamento completamente diferente", sublinhou Armindo Monteiro.
Paulo Nunes da Cunha, presidente da ATVP, sublinhou, por seu lado, o importante papel que o Portugal Fashion desempenha para o sector, fundamental para que, por exemplo, as exportações de têxteis portugueses tenham crescido 4,1 por cento nos primeiros seis meses do ano, apesar do contexto desfavorável que existe.
Até domingo, na praça em frente ao El Corte Inglés, desfilam as colecções de Filipe Oliveira Baptista, da dupla Storytaylors, de Fátima Lopes e Tenente Jeans, por exemplo. Katty Xiomara apresenta a sua colecção de lingerie e nove marcas portuguesas mostram num único desfile as suas propostas para a Primavera/Verão de 2008. Revela-se ainda o trabalho de alguns jovens criadores e colecções de sapatos. Bruno Horta e Jorge Marmelo