terça-feira, 8 de julho de 2008

Definitivamente, é o 'lead' da semana

"Estamos todos mortos e ainda não nos apercebemos disso». As palavras, roubadas ao dramaturgo Eduard Bond, servem a Pedro Marques, 39 anos, para descrever aquilo que o encenador vê quando olha para o meio teatral português. Depois de meia dúzia de anos de Cornucópia, outra de Artistas Unidos, e mais dois de desemprego, desespero e insatisfação, Marques volta ao teatro, como uma crítica ao capitalismo de Gregory Motton (em estreia no Festival de Almada) e um discurso que o próprio reconhece polémico, mas necessário: «O teatro tem de se libertar rapidamente da corda do Estado e conquistar público. Uma das razões para o teatro ter pouca visibilidade junto das pessoas reside no facto deste se ter distanciado das pessoas, voluntariamente, e exactamente através dos subsídios».
Entrevista de Cristina Margato, no Expresso ("Actual") de 5 de Julho.