sábado, 7 de março de 2009

Censura do "jornal oficial"

"O incidente entre José Eduardo Martins (PSD) e Afonso Candal (PS), que acabou quinta-feira com insultos do social-democrata ao deputado socialista, não vai ter consequências internas e as frases polémicas nem sequer vão figurar nas actas da reunião, que ontem estavam ainda a ser transcritas pelos serviços da Assembleia da República (AR).
Tanto a direcção da bancada do PS como a do PSD e a própria mesa da AR se certificaram de que as frases não seriam transcritas na acta. Aliás, a regra desde a década de 80 -- depois de uma troca de palavras azedas entre Francisco Sousa Tavares e Jerónimo de Sousa -- é que o Diário da Assembleia não transcreve palavras obscenas ou asneiras, por ser "um jornal oficial". E, de facto, na versão a que o PÚBLICO teve ontem acesso, as palavras polémicas alegadamente ditas -- "vai para o c[aralho]" -- não aparecem. Até porque os funcionários terão tido dúvidas sobre o que realmente foi dito."
[no "Público", hoje]

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