«O Governo é bastante medíocre. Há
excepções, mas são excepções, a governação em geral está longe de
responder às dificuldades do momento. A única coisa que unifica a
governação são os cortes impostos pelas Finanças. Fora disso não há
nada. [...] A
única privatização que o PS não aceita é a de tornar o “bloco central”
na RTP propriedade do PSD, e, quando lá chegar, não haja nada no “pote”.
[...] O PS está-se nas tintas para os Estaleiros de Viana do
Castelo, ou a TAP, ou a ANA, mas não se está nas tintas para o controlo
da comunicação social pelo PSD. Admite que o PSD, enquanto governa,
manda mais do que o PS na comunicação social do Estado, mas quer, quando
lá chegar, ter disponíveis os mesmos meios de controlo, para ser a sua
vez. É esta relação que tem sido o seguro de vida da RTP.»
Pacheco Pereira, Público, 1 de Setembro (aqui)