"O primeiro-ministro, José Sócrates, nomeou, ontem, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Freitas do Amaral para representar o Estado português na comissão de coordenação que vai instalar o protocolo de cooperação com a Fundação Aga Khan. O ex-governante ficará assim responsável por uma matéria em cuja preparação teve parte activa. (...) Foi Freitas do Amaral, juntamente com o primeiro-minisro, José Sócrates, quem assinou o protocolo, em Dezembro de 2005.".
Recordemos a reportagem do Expresso de 6 de Maio, "No Reino de Maomé", assinada por Cândida Pinto e Rui Ochôa. Era sobre a visita de Freitas do Amaral a Riade, na Arábia Saudita. Esteve reunido com o rei Abdullah bin Abdul Aziz e com o seu homólogo, Saud Al-Faisal. Assinaram um acordo de cooperação. "Deste reino, Freitas do Amaral leva os olhos bem cheios do brilho que o ouro negro permite", escreve a jornalista.
Não serve esta evocação para insinuar coisa alguma. Serve para dizer dizer que a notícia do Público só confirma a afinidade do ex-ministro com o Islão. E que a nomeação do Governo é tudo menos transparente.