sexta-feira, 11 de maio de 2007

Beyoncé Knowles: daqui até à eternidade

Na "DIF" de Maio:

“Já não me preocupa ser número um e vender biliões de discos, porque, graças a Deus, já o consegui. O que quero agora é tornar-me uma lenda e continuar por mais vinte anos. Estou a trabalhar muito para isso, quero fazer coisas diferentes, não quero ser igual a qualquer outro artista”. Assim falava Beyoncé Knowles, no início de Abril, numa rara entrevista de estúdio, à CNN. Pode ser pretensiosa, a afirmação, mas é preciso reconhecer, também, que a rapariga que começou a cantar aos 15 anos e, dez anos depois, está musicalmente mais forte do que nunca, tem mesmo condições para se tornar uma lenda: tem a voz, a pose e a máquina de propaganda em redor.

O entrevistador não a deixou ir embora sem explorar esta ideia. Perguntou, a seguir, se Beyoncé quer que a recordem daqui a muitos anos da mesma forma que hoje recordamos Tina Turner, Dianne Carroll ou Diana Ross (aqui a piscar o olho ao filme onde Beyoncé é protagonista, “Dreamgirls”, sobre a história das Supremes, a primeira banda de Diana Ross). E às três hipóteses ela disse que sim. “É isso mesmo que eu quero”, rematou.

É esta mulher que os portugueses vão ver no próximo dia 24, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa. Primeiro e, para já, único concerto em Portugal. Faz parte da digressão “The Beyoncé Experience”, que começou a 30 de Abril, na Alemanha.

A empresa promotora do concerto em Portugal, Everything Is New, não revela como tem corrido a venda de bilhetes, mas está convicta de que a sala vai estar cheia. O Atlântico comporta um máximo de 18 mil pessoas, número que desce em função da disposição do palco. Pormenores sobre o teor do espectáculo, também não há. A promotora adianta apenas que é um “espectáculo de envergadura”, que “não poderia ser montado em nenhuma outra sala em Portugal”.

O que se sabe é que o concerto dura duas horas e em palco, além de Beyoncé, vão estar apenas, mulheres (coros e instrumentos). Sobre isto a cantora também falou à CNN. Mais uma vez, com inabalável convicção: “sou totalmente a favor da independência e força das mulheres e isso só se consegue quando estamos unidas”.

Terá sido para sustentar a ronda por palcos de todo o mundo que chegou às lojas, há poucos dias, uma nova versão do álbum “B’Day”, o segundo de Beyoncé, originalmente editado em Setembro último. Esta “deluxe edition”, como lhe chama a editora, tem seis versões em espanhol de temas já gravados e cinco novas canções. Uma delas é “Beautiful Liar”, em dueto com Shakira. Vai ouvir-se, certamente, em Lisboa, ao lado de “Irreplaceable”, um dos temas mais fortes de “B’Day”, e, claro, de “Crazy In Love” (do primeiro álbum, “Dangerously in Love”, 2003), que ainda hoje toca vezes sem conta em qualquer discoteca.

Para o fim deste ano, quando a digressão tiver acabado, está prometido um disco ao vivo. Bruno Horta