segunda-feira, 23 de junho de 2008

Os bancos agora fabricam bons futebolistas

A entrevista do director de comunicação do BES é um momento antológico. Paulo Padrão fala ao "Diário de Notícias" como se fosse ele o autor das campanhas publicitárias do banco (não é, é uma agência de publicidade) e incha-se com sucessos que só o são retrospectivamente. Forma muito inteligente de estar na vida, portanto.

Incapacidade para se remeter à sua insignificância:
"Apesar de não sabermos se ia ou não ao Euro, em Janeiro de 2004 enchemos Lisboa com cartazes com a cara do Cristiano Ronaldo. Fizemos dele um herói",

Confissão própria de quem não tem pais ricos:
"A estratégia foi simples. Concentrámo-nos [o BES] num território - a fotografia - e apropriámo-nos dele."

Estocada final:
"Das realidades transversais, o futebol é a única patrocinável. Tão bom como o futebol só mesmo a família ou a religião."