sábado, 27 de dezembro de 2008

Casamento não desenguiça

A garantia de que, se for governo após as legislativas de 2009, o PS adoptará medidas fiscais que favoreçam as pessoas mais afectadas pela crise é uma das questões que os dirigentes da esquerda do PS, entre os quais Vera Jardim, Paulo Pedro, Ana Gomes e Maria de Belém Roseira, gostariam de ver assumidas pelo secretário-geral e primeiro-ministro, José Sócrates, no próximo congresso do partido, que decorre entre 27 de Fevereiro e 1 de Março, em Espinho.
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Consideram que o partido deve ultrapassar o que consideram uma imagem que resultou da posição contra a legalização dos casamentos homossexuais, quando esta questão foi debatida no Parlamento, a 10 de Outubro, por proposta do Bloco de Esquerda. Uma imagem de conservadorismo que, dizem, prejudica o PS.
A solução a defender por estes dirigentes - e que esperam ver aceite por José Sócrates como sinal de pacificação interna - poderá passar pela inclusão no programa eleitoral do partido da promessa explícita de que, se forem de novo Governo, reconhecerão o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Mas também há quem considere, dentro deste grupo de dirigentes, que ainda há um caminho a fazer no reconhecimento de direitos aos homossexuais através da lei que já reconhece as uniões de facto entre pessoas do mesmo sexo, pelo que esta deve ser ampliada, nomeadamente com o reconhecimento do direito de herança, e regulamentada.
[excerta da notícia "Benefícios fiscais para mais desfavorecidos são exigência da esquerda do PS", por São José Almeida, Público, hoje]