segunda-feira, 13 de julho de 2009

"Falta eleger um presidente gay na América"

A Newsweek já lhe chamou “o gay mais poderoso da América”. É verdade?

Acho que dizem isso porque já cá ando há muitos anos e faço parte da História desta comunidade. Trabalho nisto há 50 anos, penso que não há ninguém nesta área há tanto tempo.

Considera-se uma pessoa poderosa?

Considero-me uma pessoa com opiniões muito fortes. Acho que nos podemos tornar reféns desses títulos, porque passamos a viver de acordo com as expectativas que eles criam. É preferível viver de acordo com os meus próprios valores, sejam eles populares ou não.

(...)

A seguir ao casamento e à adopção que caminho poderá o movimento gay seguir?

Quem tem capacidade e recursos para lutar tem a obrigação moral de ajudar os que vivem em países do Médio Oriente e algumas zonas de África. Portanto, o caminho é dar a mão aos nossos irmãos e irmãs desses países.

E na América, o que falta fazer?

Eleger um presidente gay.

Um presidente gay?

Claro, se já temos Obama, por que não nós?

Acha que ainda vai ser vivo para assistir a isso?

Talvez. Também nunca pensei estar vivo para assistir ao casamento gay. Por que não pensar em grande?

[excerto da entrevista com o activista gay norte-americana David Mixner, no Público (P2), hoje]