Porque é que "Uma Grande Razão", antologia póstuma da poesia de Mário Cesariny, publicada este ano pela Assírio & Alvim, foi eleito o melhor livro do ano por um grupo de críticos e jornalistas do "Público"?
O jornalista Luís Miguel Queirós explica no Ípsilon de hoje (suplemento do "Público" onde vem feita aquela eleição), que "não são nada evidentes os motivos" da escolha e que só pode haver uma razão: "quiseram sublinhar o talento de Cesariny" e a "qualidade e originalidade" da antologia.
Como sempre me fez confusão o que se pode fazer com os mortos, faz-me confusão que a editora de Cesariny tenha feito depois da morte dele o que ele, em vida, nunca deixou que se fizesse: justamente, uma antologia.
É, por isso, incompreensível a escolha do painel do "Público". Porquê eleger como melhor obra do ano um objecto que o autor, estando vivo, certamente rejeitaria? Quis o painel dizer que a obra artística de alguém é sempre superior aos formatos? Se foi isso, talvez tenha errado a forma. Porque não conseguiu mais do que ratificar uma decisão comercial que mandou às urtigas a convicção do poeta.
O jornalista Luís Miguel Queirós explica no Ípsilon de hoje (suplemento do "Público" onde vem feita aquela eleição), que "não são nada evidentes os motivos" da escolha e que só pode haver uma razão: "quiseram sublinhar o talento de Cesariny" e a "qualidade e originalidade" da antologia.
Como sempre me fez confusão o que se pode fazer com os mortos, faz-me confusão que a editora de Cesariny tenha feito depois da morte dele o que ele, em vida, nunca deixou que se fizesse: justamente, uma antologia.
É, por isso, incompreensível a escolha do painel do "Público". Porquê eleger como melhor obra do ano um objecto que o autor, estando vivo, certamente rejeitaria? Quis o painel dizer que a obra artística de alguém é sempre superior aos formatos? Se foi isso, talvez tenha errado a forma. Porque não conseguiu mais do que ratificar uma decisão comercial que mandou às urtigas a convicção do poeta.